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07/12/2016

Geração de emprego mostra importância da indústria da madeira para a economia

Setor deve fechar 2016 com pequena variação nas vagas de trabalho em relação ao ano anterior

Com 57% (369 mil) dos empregos da cadeia de base florestal brasileira, a indústria de madeira sólida – que contempla produtos como painel de compensado, madeira serrada, pisos, portas e molduras – foi responsável por 9% do total de empregos formais do país, que em 2015 fechou com 39,663 milhões de vagas em estoque, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esse resultado, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), mostra a relevância do setor para a economia brasileira, mesmo diante de um período de desaceleração.

Enquanto no início de 2015, o saldo total de empregos no Brasil já estava negativo, com menos um milhão de vagas, a indústria da madeira gerou mil novas vagas, mostram os dados divulgados pelo novo Estudo Setorial da Abimci. Mesmo diante do pico de menos 7 milhões de postos de trabalho no país entre novembro e dezembro de 2015 mostrou que o setor de madeira teve uma participação menor nesse número negativo, com cerca de 5 mil menos vagas. No início do ano passado, a indústria de madeira chegou a equilibrar o saldo, sem novas demissões. Ao longo de 2016, o setor tem se mantido ligeiramente acima do total nacional em saldos de empregos.

Apesar de a indústria apontar uma série de fatores que comprometeu o avanço do setor produtivo no país como flutuação cambial, inflação elevada, alta taxas de juros, aumento nos custos de produção e transação, inadimplência e redução de investimentos, principalmente, na construção civil, o segmento deve fechar 2016 com uma pequena variação no número de empregados, chegando a 360 mil. “Os impactos causados pela conjuntura de 2015 e 2016 reduziram o otimismo do empresário e, com isso, as indústrias diminuíram o contingente de funcionários para tentar melhorar os custos de produção. Apesar disso, as empresas que estavam voltadas à exportação contribuíram para equilibrar esses números”, afirma o presidente da Abimci, José Carlos Januário.

Para 2017, a expectativa do setor é de que as medidas anunciadas pelo governo federal prevendo corte nos gastos públicos e as reformas possam contribuir para a retomada da economia e, consequentemente, dos investimentos e da confiança do empresário. A Abimci tem atuado na defesa de interesses do setor, que passam por questões macro como ampliação no prazo de recolhimento de tributos, desoneração fiscal da cadeia produtiva, criação de condições e ferramentas para a manutenção de câmbio competitivo e estável, regulamentação da Lei da Terceirização, entre outros pleitos que aparecem no Estudo Setorial lançado recentemente. “O setor produtivo está atento às decisões políticas e econômicas do país. Para avançarmos e voltarmos a empregar um número maior de trabalhadores será preciso uma nova postura dos governos com ações que estimulem a competitividade da indústria nacional”, conclui o presidente.