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24/04/2018

Desafios para a indústria de madeira: aumentar consumo interno e melhorar produtividade

Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente defende ações coordenadas do setor

De olho no aumento do consumo interno da madeira e na melhoria da produtividade, o setor industrial madeireiro precisa estar atento a questões estruturantes e à necessidade de uma maior coalização entre os atores do setor. Esses foram alguns dos desafios apresentados pelo superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), Paulo Pupo, aos participantes do 18º Seminário de Colheita e Transporte de Madeira e 4º Encontro Brasileiro de Silvicultura, para aumentar o consumo interno per capita de madeira e melhorar a produtividade da cadeia de base florestal do país. Os eventos foram realizados nos dias 9 e 10 de abril, em Ribeirão Preto (SP).

Na avaliação da entidade, a expectativa do setor produtivo é pela retomada do crescimento interno, melhoria do ambiente de negócios, prosseguimento das reformas estruturantes do país, novos financiamentos e investimentos para a produção e renovação tecnológica. “Ainda enfrentamos uma baixa competitividade comercial por conta do fator politico, da falta de acordos comerciais e entraves burocráticos, logística portuária mais cara do mundo e baixo nível de investimentos e de crédito”, afirma.

Uma das saídas apontadas pela associação para aumentar o consumo per capita está no segmento da construção civil, que já vem dando sinais positivos de recuperação. Para tanto, uma das atuações tem sido no intuito de consolidar o sistema construtivo wood frame para gerar escala. “Temos um enorme potencial construtivo e uma crescente demanda por moradias. Sistemas industrializados com madeira permitem ganho em escala e velocidade, sendo uma opção viável para programas sociais do governo”, explica.

O trabalho em relação à consolidação do wood frame passa pela organização do mercado, com nivelamento de informações através da realização de eventos, desenvolvimento da norma técnica e de programas de certificações, reconhecimento pelos órgãos oficias (ABNT, Inmetro).

As ações para desenvolvimento da norma técnica estão avançadas e, em breve, teremos novidades para o mercado”, afirma.

Mercado externo

Enquanto o setor produtivo acompanha o reaquecimento da economia interna, a indústria de madeira reafirma seu DNA exportador. Dados da Associação mostram o crescimento contínuo nos últimos anos das vendas de uma série de produtos, principalmente, os de origem de floresta plantada.  Dentre os principais destinos dos produtos madeireiros estão os Estados Unidos, que vem mostrando recuperação constante da economia e, consequentemente, do consumo interno. “Não estamos em rota de colisão com a política comercial dos norte-americanos. Tivemos uma renovação do SGP e alguns produtos poderão ser beneficiados com isenção ou redução das taxas, mas precisamos estar atentos às mudanças do comércio mundial, em especial o avanço da China”, avalia.

Entre os fatores-chave de crescimento e consolidação do setor de madeira que precisam estar no radar das empresas e de toda a cadeia produtiva estão a atual situação de preços e de consumo no mundo, atualmente estável; a necessária melhoria da imagem do Brasil e do ambiente de negócios – ressalte-se que 69% das florestas são certificadas no Brasil – um dado estratégico e positivo para as exportações.

Fonte: Interact Comunicação – Assessoria de Imprensa Abimci